sábado, 25 de maio de 2013

Titio Freud.


Esse homem é um dos meus grandes ídolos. Mesmo cursando Psicologia, demorei um pouco para perceber o tamanho de sua genialidade. Sigmund Freud. O papai da psicanálise é rock n' roll. Tão a frente do próprio tempo, que até HOJE tem gente que não gosta do que ele diz, simplesmente porque é incapaz de entender. 

O titio revolucionou. Botou pra ferver e deixou o pau quebrar. Foi ele quem disse que tudo isso que vivemos não passa de uma grande representação imaginária, que não existe amorzinho puro e bonito, que o bem não é genuíno, assim como a maldade não é assombrosa. Titio não gosta de moralismos: pra ele, nada é absurdo, e se o ser humano é tão doente, é porque nega a própria natureza o tempo todo.

Na obra desse gênio, a gente encontra palavras difíceis como "transferência", "inconsciente", "objeto", "função", "id", "ego", "superego", "pulsão", "catarse", !recalque", "sintoma", "projeção", "negação", "neurose", "histeria" e tudo mais... mas resumindo tudo que esse MONSTRO da inteligência quis dizer em apenas um parágrafo: 

Ninguém é bonzinho coisa nenhuma. Não existe perfeição coisa nenhuma. Tudo o que parece perfeito, é mais podre ainda se olhado com cuidado. Todos nós somos doentes, e alimentamos essa doença. A gente busca o amparo nos outros porque é incapaz de se amparar, e a gente sente culpa porque é incapaz de assumir quem realmente somos e o que realmente queremos. 

Valeu, titio. Te admiro demais!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Bye, Bye, Facebook!

Li, uma vez, em algum lugar que não me lembro qual, a seguinte comparação: " Não ter facebook é o novo morar no campo." Isso já faz algum tempo, mas achei genial da parte de quem pensou nessa comparação. Antigamente, deixar a cidade, a poluição e o caos em busca de uma vida mais tranquila, serena e discreta no campo, era considerado um ato de coragem. Hoje, consigo ver o "se ausentar do Facebook" da mesma maneira. É preciso coragem para deixar a vida tão "urbana" que a rede social do Zuckerberg nos propõe.

Todas as pessoas que não têm Facebook são, de certa forma, admiradas. "Como assim você não tem facebook? Em que mundo você vive?!" A pessoa que não faz parte dessa rede social é quase soberana, ou melhor, quase sobre-humana. E sem que eu percebesse, também passei a admirar esses indivíduos dotados de luz transcendental que não cultivam essa rede social. 

Após muito tempo pensando, muitos impulsos não realizados e muita reflexão, optei por desativar o meu Facebook de uma vez por todas. Se é temporário ou não, não posso afirmar, mas espero que seja definitivo. 

Comecei a usar a internet ainda muito jovem: eu tinha menos de 10 anos quando comecei a me conectar. E desde então, descobri o mundo maravilhoso que a rede pode nos trazer: as informações, as imagens lindas, os passatempos e, principalmente, as interações com outras pessoas. Construí, através da internet, inúmeras relações de extrema importância na minha vida, conheci pessoas incríveis e que desempenharam papéis muito mais importantes para mim do que pessoas que conviviam (e convivem) comigo diariamente. Sou muito grata a isso, e jamais abriria mão dessas experiências. 

Sempre fui muito conectada. Dona de diversos blogs, webmistress de fansites, ativa em comunidades do orkut, ativa no twitter, além de ter conta em outras diveeeersas redes sociais. Sendo bem sincera, eu gosto das redes sociais. Não acho, de forma alguma, que elas substituem o contato real e a intensidade das relações pessoais, mas elas podem amplificar essas relações em vez de reduzi-las (mas, infelizmente, sabemos que não é assim que funciona na prática). 

Jamais pensei em abrir mão das minhas contas no filmow, no twitter e até no instagram (que após tanta reclamação de minha parte, acabei aderindo), mas de um certo tempo pra cá, o Facebook começou a me incomodar. 

Logo o Facebook, a maior das redes sociais, aquela que agrega "todas" em uma só... Pois é, o FACEBOOK. Passei ótimos momentos ali... Li e aprendi muitas coisas interessantes, mas em um determinado momento, tudo aquilo começou a me incomodar. 

Sou uma pessoa passional, e acabo expondo opiniões de formas muito firmes - o que pode dar a entender que acredito ser a dona da verdade, mas quem me conhece bem, sabe que não é assim - e, algumas dessas opiniões, sendo mal interpretadas, acabam por criar desavenças e desafetos entre aqueles que se sentem afetados por elas. Sem contar que eu acabava por expor questões que nem todos os meus mais de mil contatos estavam preparados para ler ou discutir com educação. A falta de senso crítico, de educação e de manejo dos meus contatos fez com que eu não me sentisse à vontade para manifestar o que me viesse à mente, então, optei por parar de postar certos tipos de críticas. 

Mesmo abrindo mão das críticas, o Facebook não parou de me incomodar. Uma rede social que era para ser interativa e conectar as pessoas, se torna uma vitrine, onde você se expõe como um produto, e quem visita seu perfil escolhe um "preço" a pagar por você. É muita gente que não te conhece de verdade achando que conhece; pessoas julgando umas às outras a todos os momentos. É uma disputa constante de egos, de quem é o mais bonito, de quem é o mais sábio, de quem ganha mais likes, de quem dá a indireta melhor, de quem tem a vida mais interessante... Acho que estou em um momento da minha vida onde não existe espaço para nada disso.

Descobri que o Facebook não é agregador... pelo contrário; qualquer sentimento de agregação não passa de mera ilusão. Ele sustenta relações artificiais e fantasiosas, onde cada um assume a identidade que gostaria de ter. Simplesmente cansei dessa exposição; cansei de receber julgamentos desnecessários e de expor coisas tão pessoais a pessoas tão distantes. 

Encontrei uma maneira de agregar todos aqueles que eu não gostaria de perder o contato e o fiz, sem precisar deixar no ar a minha poluída página dotada de 1300 contatos fantasmas. 

Ainda sinto uma espécie de vazio ao entrar na internet, mas posso garantir que me sinto mais livre, mais solta e muito menos corrompida.

Eu escolhi por abrir mão do Facebook, e mal posso esperar para perceber os resultados positivos disso na minha vida! ;}